8 de out. de 2013

8 DE OUTUBRO FESTA LITURGICA DE SÃO JOÃO CALABRIA



A FAMILIA CALABRIANA CELEBRA A FESTA DE SÃO JOÃO CALABRIA

VIDA E OBRA DE SÃO JOÃO CALABRIA

A história da Obra, pelo menos durante a vida do Fundador, se confunde em grande parte com a história de São João Calábria. Mas nada impede que possamos identificar alguns momentos históricos da sua vida que tiveram peso especial no futuro da Obra, acrescentando a eles os que se seguiram depois da sua morte até o dia de hoje.
A Congregação dos Pobres Servos da Divina Providência considera como sua data de nascimento o dia 26 de novembro de 1907.
São João Calábria, depois de haver desempenhado o ministério sacerdotal como cooperador na paróquia urbana de S. Stefano, foi nomeado vigário do Oratório público de S. Benedetto al Monte, em Verona, no ano de 1907, cargo que ocupou até 1912.


Oração
              Deus, Pai todo-poderoso, que para reavivar no mundo a confiança em vossa paternidade e o abandono filial à vossa Providência, suscitastes na Igreja o sacerdote João Calábria, concedei-nos, por sua intercessão, que, animados pelo mesmo espírito, possamos reconhecer e servir o vosso próprio Filho em nossos irmãos e irmãs pobres e sofredores. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.





Ainda antes desta data, ele que se sentia impelido interiormente por um desejo intenso de ser todo de Jesus, e amar as almas com um imenso amor, tinha tomado o solicito cuidado dos meninos abandonados que a Providência lhe fazia encontrar pouco a pouco. Além de esforçar-se de todas as formas para prover-lhes casa e educação, a alguns acolhia em sua paupérrima casa.
Aumentando continuamente estes casos, aconselhando-se com pessoas santas e experientes, sentiu-se inspirado a abrir uma casa onde estes filhinhos de Deus, abandonados a si mesmos, pudessem encontrar alimentação, educação, instrução escolar e profissional e sobretudo amor.
Os primeiros meninos foram acolhidos na canônica de S. Benedetto al Monte: mas o continuo aumento de casos necessitados o aconselhou a procurar uma sede mais ampla. A primeira foi aberta com cinco meninos, precisamente no dia 26 de novembro de 1907, numa modesta casa posta á disposição pelas Irmãs da Sagrada Família na paróquia de S. Giovanni in Valle, em Verona. Auxiliado neste trabalho apostólico por pessoas generosas, constituiu-se o primeiro grupo de colaboradores, alguns dos quais, depois de madura reflexão e prolongada oração, sentiram-se chamados a estar com ele permanentemente. Ele os chamou Irmãos e como tais quis que vivessem ditando-lhes linhas simples de vida em 1908, 1909, 1910, 1911.
A sua característica haurida do Evangelho, devia ser aquela de considerar-se como irmãos e como tais amar-se reciprocamente um ao outro e ajudar-se especialmente na vida espiritual"; "viver totalmente abandonados à divina Providência"; "esforçar-se de todas as formas pela saúde dos pobres meninos abandonados, para mostrar ao mundo de hoje, tão ateu, tão sem Deus, imerso totalmente na lama, que Deus existe, pensa e provê as suas criaturas".
Desde o princípio ele pensava numa nova Família religiosa "As virtudes e os conselhos evangélicos estejam bem gravados nos que desejarem consagrar-se a esta Obra".
Uma família religiosa "baseada sobre a humildade, sobre o total escondimento, que viva inteira e totalmente abandonada na divina Providência; nada pedir, rezar muito, ninguém pague; proibido todo tipo de propaganda, nada de conferências, nada de loterias, nada de agradecimentos públicos, porque Deus não necessita destas coisas, e quanto a esta Obra, que é toda dele, Ele pensará. Nós procuramos as almas, somente as almas. Se contássemos com a ajuda dos homens, a Obra deixaria de ser de Deus". "Os meios terrenos tê-los-emos como acréscimo com uma única condição: que procuremos o Reino de Deus e a sua justiça".

A Obra, desde o início, chamou-se "Casa Buoni Fanciulli" pelo campo apostólico especial em que trabalhava, e assim, continuou a chamar-se até a fundação da Congregação religiosa de direito diocesano, ocorrida em 1932 com as primeiras Constituições aprovadas pelo bispo de Verona e as primeiras profissões religiosas públicas. A partir deste momento, a Obra tomou o nome de "Congregação dos Pobres Servos da Divina Providencia", conservando o nome de "Casa dos bons meninos", nas suas obras educativas.
Paralelamente ao ramo masculino da Obra, o Pai iniciava o ramo feminino que, desenvolvendo-se no curso dos anos, foi elevado a Congregação religiosa de direito diocesano no ano de 1952, com o nome de "Pobres Servas da Divina Providência".
Desde o início o Pai se ocupou em beneficio das vocações sacerdotais e religiosas pobres, a serem cultivadas e ajudadas para depois oferecê-las à Igreja num espírito de completo desinteresse, abertura universal e na gratuidade total. "A Obra da Divina Providência, sim, está fundamentada sobre as criaturas abandonadas, mas isto não é senão um primeiro elo; a este, outros se unirão. Os instrumentos serão Sacerdotes e Irmãos possuindo o mesmo espírito apostólico e vivendo dispostos a tudo. Cessando alguns obstáculos, que desde o início impediram o pleno desenvolvimento deste ramo, nasceram varias casas em épocas diferentes para acolher aquelas vocações que, de outra forma, teriam se perdido, ou por falta de meios materiais ou por outras causas.
Em 1932, através de um convite de Santa Sé para assumir o cuidado de almas em áreas particularmente difíceis de Roma, a Obra reconheceu um sinal da Providência para abrir também ao apostolado paroquial, contanto que se verificassem as condições exigidas pelo seu espírito.
Em 1933, a Providência mostrou sinais claríssimos que também o cuidado dos velhos e doentes pobres estava incluído no nosso campo de trabalho.
Em 1934, depois de anos de oração e de espera, a Obra abriu-se à atividade missionária, que suspensa depois de apenas dois anos por dificuldades sobrevindas, renasceu em outras terras, sempre no espírito de abandono, de gratuidade, de abertura à Igreja.
A Congregação depois de dezessete anos de desenvolvimento e de experiências, obteve o "Decretum Laudis" da S. Congregação dos Religiosos em 1949, ficando assim de Direito Pontifício. Na ocasião foi redigido e aprovado um novo texto de Constituições que, modificando substancialmente o primeiro texto da Autoridade diocesana de 1932, e pelo qual o Pai teve tanto que sofrer na paciência, na oração e no abandono à vontade de Deus, reproduz substancialmente as primeiras normas ditadas por ele em 1908.
Após outros sete anos de experiência, a Congregação obteve a definitiva aprovação pontifícia em 1956, com um novo texto de Constituições, fiel aos princípios e atualizado às novas exigências.
A OBRA NO BRASIL
Desde o início da Obra, o Pe. Calábria sentiu que ela era grande, era Obra de Deus, destinada a expandir-se e alcançar os confins do mundo. Por isso, viveu sempre com espírito aberto aos sinais de Deus, sem querer ser ele a decidir onde ela deveria se desenvolver. E com sua surpresa, Deus indicou-lhe canais de atividades não previstos por ele.
Um primeiro grande passo de expansão foi dado em 1932, com a abertura da primeira paróquia em Roma. Em seguida, em 1934, partiram os primeiros 4 Irmãos para a Índia. Em 1949 houve um encontro, que, pelas suas conseqüências futuras, se revelou histórico: a visita a Verona de Mons. Alfredo Viola, bispo de Salto, Uruguai. O Pe. Calábria sentiu que daquele encontro teria nascido algo de especial nos projetos de Deus.
De fato, em 1959, foram abertas as Missões da Congregação, precisamente em Salto, Uruguai, por parte de quatro Sacerdotes e dois Irmãos, enviados oficialmente pela Congregação, a fim de prestar o seu serviço de evangelização na cidade e no território imenso da campanha de Salto. Em 1961, dois daqueles sacerdotes e um irmão passaram a fronteira e chegaram ao Brasil. E é da história das aberturas no Brasil somente que a partir de agora pretendemos ocupar-nos.
Dia 30 de agosto de 1961 é considerada a data oficial da chegada dos Pobres Servos ao Brasil. A primeira abertura realizou-se em Porto Alegre, no atual “Calábria”.

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